Esse foi um sonho meio tenso que eu tive ontem que depois de contar para os envolvidos a minha amiga Lyu disse que achou a trama cult, psicológica e digna de virar um curta metragem... Ou ela só tava com muito sono mesmo, rs.
Aviso que o sonho é tenso... Teve momentos ótimos mas no geral não foi muito legal, embora no geral tenha sido ótimo com momentos não muito legais. (?)
Aviso também que vou contar na íntegra mesmo envolvendo outras pessoas e foda-se! Aliás, "Cosmic Movie" porque a Bia disse que ouvindo essa música do Doors enquanto eu contava o sonho pareceu meio que combinar, hehe.
Bem, lá está o K-2 (eu), andando de bicicleta no Parque Central aqui do lado de casa, uma coisa que eu tô muito afim de fazer já faz algumas semanas, mas não faço há quase ou mais de um ano. É verão e está muito quente. Estou numa descida livre a milhão quando de repente me sinto fraco e minha visão fica turva, largo então subitamente a bicicleta e apago enquanto sou lançado no ar. o_O *sefodeaínegão*
Acordo depois na grama com o meu amigo Pato, surgido do nada, me balançando e perguntando frenéticamente "Cara, acorda, aonde tá a chave da salada???"
Ooook. Tudo bem, tudo bom, descido ignorar esse desmaio e vou pra casa, mas magicamente meus pais ficaram sabendo do tombo (talvez porque eu estivesse todo ralado, né) e decidem contra minha vontade me levar ao hospital para ver se tá tudo bem. Deve estar, né?
Resultado: Não. É câncer. '-' (do quê era eu não sei, não falou ou não lembro)
Tenso... Antes de começarem a planejar os tratamentos e etc, eu decido ignorar tudo veementemente e continuar indo pra faculdade. Beleza, vamos relevar tudo.
Lalala mimimi lá estou eu atravessando a rua aqui perto de casa em frente ao Habib's totalmente distraído ouvindo música nos fones de ouvido em último volume quando sou putaqueparivelmente atropelado. D'oh!
Acordo X semanas depois, numa sala branca de hospital, com meus pais ali. Eles parecem preocupados, e então o médico vem falar comigo. Aliás esse médico parece a porra de um Cullen purpurinado, mas vamos ignorar isso, né? õ_O
Ele fala umonte de coisa que eu não consigo prestar muita atenção, mas por fim ele diz "...e então aproveitamos que estava inconsciente para começar o seu tratamento."
...
Confiro relutantemente com as minhas mãos que eu estou careca. Oh shit... Depois de me acalmar, peço pros meus pais me trazerem minha boina inglesa para eu ficar usando.
Passo mais X semanas no hospital. Minha prima Bia vem me visitar, meus pais trazem meus livros, quadrinhos, meu material de desenho e etc... Enquanto isso faço tratamento atrás de tratamento... Até que um dia recebo uma visita totalmente inesperada... Minha última ex, parecendo preocupada.
Bem, resumindo acho que disse algo como "deixe pelo menos eu morrer feliz bem longe sem você na minha cabeça" ou algo indelicado do gênero porém necessário para minha sanidade mental naquele momento. Well well well~ xP
Depois de todos os tratamentos, os médicos começam a parecer cada vez mais sérios, até que o protótipo de Carlisle diz que minha situação não está melhorando, e tudo que podem tentar são tratamentos radicais com pouca chance de obter algum sucesso até que eu morresse na cama do hospital. Assim mesmo, na cara dura.
Converso com meus pais e aviso que vou desistir dos tratamentos, descansar em casa e depois viajar por um tempo ou algo assim. Quando saio, ganho um óculos de sol de grau redondo verde que eu havia pedido para eles, coloco minha boina e meu sobretudo já que o inverno já havia chegado e ligo para os meus amigos Pato, Quejinho e Capelo, e para a minha prima. Vamos viajar, para o sul! /o/
Antes de ir peço para minha prima não falar nada sobre a doença pra ninguém. Quando me perguntam sobre o cabelo curto, porém já na minha orelha, respondo que foi um impulso.
Não lembro como nós fomos para o Rio Grande do Sul, mas chegando lá somos recebidos pelas nossas grandes amigas Lyu e Juh, e a Lyu meio que alugou uma casa realmente enorme e com piscina pra todo mundo morar junto nas férias! \8º/
Então as coisas ficam, realmente, muito boas. Todos os dias são superdivertidos. Mesmo todos nós sendo muito complicados, estranhos e peculiares, acabamos convivendo muito bem.
A Lyu por algum motivo era sempre o centro das atenções, sempre surgia com uns papos e músicas loucas e todo mundo fica conversando e brisando com ela~ (Luiza musa pop! -q)
O Quejinho variava entre carismática e divertidamente estranho ou extremamente recluso e anti-social, preferindo às vezes ficar desenhando ou cagando. Mas quando surgia nas conversas tudo sempre ficava muito mais bizarro e hilário.
A Bia ficava frequentemente reclamando que não tinha chocolate o suficiente na casa, enquanto o Capelo ficava constantemente alertando sobre as despesas de todo mundo, hehe~
A Juh ficava na dela, mas sempre participativa com algumas agressividades gratúitas, enquanto o Pato... Era o Pato. Sempre constrangendo todo mundo como costuma fazer. xD
Já eu... Ficava bastante na minha, rindo e acompanhando todas aquelas cenas que me pareciam tão lindas e valiosas, tomando chá ou chocolate quente. Ou vodka. :D
Uma das cenas que me lembro bem foi num dia peculiarmente quente, embora tivessemos ido para o sul justamente por ser inverno... Estávamos todos na cozinha, e eu começo uma divagação que eu queria compartilhar sobre... Sei lá, marmotas e prolixidade?
No meio da divagação de pé ao lado da pia enquanto todos ouviam chega a Lyu roubando a atenção de todo mundo: "AI GENTE VAMBORA! MÓ SOLZÃO, BRISA VERDE, BORA PRA PRISCINA!" (wait. brisa verde?!)
Todo mundo sai correndo desembestado pelo corredor que levava para fora e eu fico ali sozinho terminando de falar comigo mesmo enquanto sorrio de olhos fechados coçando a barba "Blablabla... *todoscorre* ...e vocês não precisam ficar me ouvindo se não quiserem."
Abro os olhos e a Juh aparece perguntando "Que diabos você tá fazendo aí falando sozinho, seu estranho?" e me estende a mão. "Em matéria de estranho, todo mundo aqui bate o recorde. Mas acho que você não devia se surpreender comigo, né?" respondo, dando a mão e deixando ela me arrastar pra piscina. Então no meio do caminho ela começa a apertar o passo e quando percebo estamos correndo, lerdo eu pergunto "A gente vai pular???" e ela não responde, só fica rindo e correndo cada vez mais depressa. Seria uma daquelas belas cenas de férias se ela não tivesse tropeçado a poucos metros da piscina, e com todo mundo olhando, ao invés de me soltar e me deixar viver, me segurou me levando pro chão junto. Aquele adorável chão de piscina feito de pedras afiadas e malígnas. 8|
Resultado: Sangue. Alguns minutos depois estávamos os dois enfaixados e cheios de curativos à beira da piscina, com todo mundo ali rindo e conversando.
De fato a brisa era meio verde, tudo parecia iluminado por uma luz articial quase que imperceptivelmente esverdeada... Ou isso ou usamos absinto. -Q
O dia já ia acabando quando o Quejinho começou a peidar na piscina, soltando bolhas atrás de bolhas, rindo pra caralho. A Bia, que tava do lado dele, sai da piscina quase que chorando, o Pato sai morrendo de rir dizendo "WTF Qjn!", e o Capelo fica ali tentando bancar o machão viril, até que o Quejinho começa a PEIDAR CADA VEZ MAIS e também começa a peidar com o suvaco, e o Capelo também sai dizendo "Porra, Qjo! xDD"
Eu, que estava à beira da piscina por causa dos curativos, apenas me levanto. Então tudo fica turvo, eu fico fraco e desmaio denovo.
Pouco depois, acordo na cama do meu quarto na casa alugada, e me perguntam se tava tudo bem. "Sim, sim... Acho que só me levantei muito rápido", respondo. A Bia me olha meio que preocupada, mas não fala nada pra ninguém como prometido. Logo ia começar a última semana de férias de todo mundo, e ficamos sabendo que em Gramado, cidade com altos níveis de chocolate e frio delicioso de RS, está nevando.
Todos decidimos desalugar (essa palavra existe?) a casa antecipadamente e ir passar a última semana em Gramado!
*--*
Chegando lá, nós alugamos tipo UM HOTEL SÓ PRA GENTE. O Capelo ficou falando de despesas denovo, e eu só ficava fazendo dívidas para daqui alguns meses~ (fdp)
Enfim, numa bela noite que foi dita a mais fria do ano, fomos comer num chalé de fondue super bacana que eu já visitei na realidade, que tem três rodadas: Dois calderões de queijo derretido com pães para acompanhar; duas chapas com 3 tipos de carne pra você preparar; e por fim dois calderões de chocolate derretido com diversas frutas pra você mergulhar! *¬*
A Bia teve reações semi-orgásticas com o chocolate, o Capelo disse foda-se e filou junto com o Pato quase toda a carne, a Juh ficou bem na dela tirando quando espetava alguém com os garfos, e a Lyu recusou tomar refrigerante, mas quando ofereceram vodka eu e ela aceitamos de bom grado, rs... Ah, e o Quejinho sujou quase a mesa inteira com queijo derretido. xD
Eu fiquei observando e rindo com todo mundo, foi tipo a noite mais linda e divertida da minha vida... E então, voltamos para o nosso hotel (é tão badass dizer isso BD), todos super cheios e morrendisono, e cada um foi direto pro seu quarto desmaiar.
Acabei acordando bem cedinho, umas 6 da manhã com o sol nascendo dando mó iluminação pseudo-azulada e escura pra tudo, me sentindo meio que desconfortável. Ainda deitado na cama, ouvi claramente um pequeno som de sininhos, como guizos. Pensei "PQP, essa porra tá assombrada!", mas depois pensei racionalmente e me levantei. Quando fiquei de pé, me senti bem fraco. Fui até o banheiro me arrumar, coloquei duas blusas, meu sobretudo, minha boina e meu óculos verde redondo. Reparei que meu cabelo já havia crescido até o queixo, e como não havia feito a franja nenhuma vez, ele estava com o comprimento uniforme e se dividia certinho de um jeito muito foda, embora a minha cara estivesse péssima.
Desci as escadas do hotel até a recepção, tudo ainda estava meio escuro e azulado, e enquanto descia as estreitas escadas ouvi o som de guizos novamente. Lá pedi por um cappuccino e fui me sentar numa das mesas do barzinho que tinha na recepção. Fiquei ali, dei apenas um gole no cappuccino e aproveitei a manhã gelada e obscura. Enquanto ouvia o som de guizos pela terceira vez, olhei para a minha bebida e, com os dedos, desenhei no chantily um rostinho sorrindo, tipo :).
Finalmente, morri.
Ainda debruçado sobre a mesa com o cappuccino à minha frente, por um tempo permaneci subconsciente ali, não sei dizer quanto tempo foi, até que depois dessa eternidade fracional, ouvi vozes preocupadas ao meu redor como se tivessem me encontrado ali, mas não entendi nada do que disseram. Depois, não ouvi mais nada.
Então não sei quanto depois eu acordei, com uma gripe fudida, sentindo dor em todos os músculos e dor de cabeça, e mais tarde o Rodrigo, um dos integrantes do nosso foderoso trio da facul, disse que havia me passado a gripe "cancerosa" dele. Tenso. @_@
Bem, acho que a lição que podemos tirar disso tudo é que... Hmmm...
Aquele papo de que "se você morrer no seu sonho você nunca mais vai acordar" é pura balela. o/
Só fiquei me perguntando o sonho inteiro como meus amigos ficariam por eu não ter contado nada pra eles, e nem pude descobrir... Afinal acho que o K-2 do sonho fez o melhor, se tivesse contado, o clima ia ser mó complascente e ninguém ia se divertir tanto.
:)
ReLapso: Bug Semanal
Há 6 anos
3 comentários:
Se vc morrer saiba que eu amo vc cara.
AMOR DOS BROTHER.
E somos iguaizinhos em sonho, viiish
postcode: methbat
"A Lyu por algum motivo era sempre o centro das atenções, sempre surgia com uns papos e músicas loucas e todo mundo fica conversando e brisando com ela~ "
desculpa aí, SOU LIDA BJS
de fato, tá todo mundo meio parecido no sonho. Sei lá, todo mundo eu consigo imaginar exatamente como são hauhe
ah que sonho estar com vocês (sacou, sacou? haaaah)
mas contigo vivo né hauehaeu
(eu realmente tava com muito sono ontem, brisei bastante em cima do teu sonho huaheuaeh)
Cara, o quão gay eu seria se eu dissesse que quase chorei lendo isso?
Porra elise, tá tirando toda minha MACHEZA VIRIL 8|
E cuidado aí TÁ GASTANDO PAPEL HIGIÊNICO DEMAIS QUEJINHO 8|
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