"And now for something completely different..."

sexta-feira, 11 de maio de 2012

The Hills are Alive with the Sound of Music

Tem quem não vive sem um deus, ou deuses... Ou quem não vive sem outro alguém... Ou quem não vive sem um padrão de consumo e riquezas adquiridas constantemente... Tem gente que não vive sem uma leitura ou sem amigos, ou sem algum passatempo que o descontraia e tire-o da realidade... Enfim.



Para mim, o que funciona como um "deus", é a música. Livros de fantasia são uma ótima fuga, sim. Escrever é muito bom quando se tem algo a fluir de sua mente, e amigos são a melhor das companhias e bases com que se pode contar... Mas foi quando comecei a ouvir, atentamente, música, que eu comecei a me encontrar, a me formar. E é aonde eu realmente sustento a minha alma, crescentemente. Seja ouvindo-a, cantarolando-a, lendo-a, escrevendo-a ou tocando-a até onde eu sou capaz. Para mim, ela é a essência da vida.

Como cantaram Sérgio Dias, Arnaldo Baptista e Rita Lee: "Posso perder minha mulher, minha mãe, desde que eu tenha o rock n' roll!"



Meio mórbido? Bem, infelizmente perder pessoas e outras coisas faz parte da vida, e aprendemos a continuar sem elas. Mas o que nos faz continuar? Muitos respondem com um deus ou religião. Outros ocupam-se de qualquer coisa, tanto faz. Para mim, quem sempre me escutou nos momentos de necessidade (embora tecnicamente seja o contrário), foi a música. Assim como quem me deu impulso nos momentos de entusiasmo, e por aí vai.

E não me levem a mal, não estou limitando a música apenas como o rock n' roll. Outros bons gêneros são tão admiráveis quanto, individualmente, cada um de sua forma e no seu momento de ser escutado. Música clássica orquestrada, música cigana, folclórica e contemporânea... Gosto de todos os gêneros que eu consigo chamar de "música". Mas, claro, não é segredo para ninguém, eu sou um cara do rock n' roll. Do bom e velho, eu quero dizer. Pois é no rock n' roll que eu mais me encontro em suas letras. É nas falas, nos discursos e na atitude de alguns artistas e bandas do gênero que eu realmente absorvo suas canções e torno suas letras partes de minha vida. De minhas regras.



É na filosofia de John Lennon, na fantasia épica de Jimmy Page e Robert Plant, na paixão transbordante de Jimi Hendrix e Janis Joplin, nas convicções inconscientes de Jack White e nos desabafos e gritos de Dave Grohl e tantos, tantos outros nomes que eu consigo entrar em acordo e tomar seus hinos como meus.

E é isso que me distrai, me sustenta e me acompanha a cada momento de minha vida, seja na cabeça, no fone ou no estéreo. (além de oxigênio e bastante comida, é claro, rs)

Ah, música. ♥