"And now for something completely different..."

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Vlog do Rolê

Bem vindos ao *K-2face*

Olá meus queridos e pirilâmpicos leitores, seguidores, stalkers, fangirls imaginárias e invasores do meu espaço pessoal alheios ao pudor!

Como alguns de vocês podem talvez até se lembrar ou não, tive realmente bons tempos nessa última Anime Friends em julho deste ano... Tanto que até rendeu esse post aqui, que eu até gosto de reler de vez em quando~

Enfim! Por que estou relembrando isso agora, me perguntam em uníssono com as milhares de vozes de fãs curiosos imaginários na minha cabeça?

Eu e o meu já tão referido amigo Capelo temos um VLOG, ou seja, um canal no youtube aonde colocamos vídeos que gravamos falando sobre o que der na telha. Resumindo: um blog em vídeo (certo que ele ficou parado com apenas 2 vídeos por quase 5 meses, mas a partir de agora vamos manter algo como pelo menos 1 vídeo por mês), e finalmente colocamos um vídeo novo naquela budega! Yay! \o/

É o que chamamos de "vlog do rolê", quando se grava coisas durante um rolê x e depois se faz um corte das partes engraçadas ou interessantes e coloca sobre y, aonde y = youtube (argh, preciso de férias)... O rolê x em questão, foi o primeiro dos 2 sábados em que fomos na AF em julho! =DD

Eis o vídeo, com os devidos agradecimentos no final a todos que compartilharam tal fatídico e radioativo dia conosco:

O nome do vídeo foi genialmente decidido pelo Capelo, quando perguntei a ele que nome daríamos~

Teria sido ótimo se tivéssemos levado a câmera pro 2º sábado também, quando fomos de Beatles, poderíamos ter gravado muitas coisas legais também e até algumas cenas como que "correndo das fãs", mas bem, o melhor do 2º sábado foi que eu me diverti e relaxei sem me preocupar com nada, se tivesse uma câmera por perto acho que eu não teria aproveitado tanto~ =]

Infelizmente eu estava meio away, calado e distraído nesse 1º sábado... Sim, eu já sou daquele jeito quando estou quieto. Mas ainda assim deu pra gravar bastante coisa legal... Estranho ver como depois do 2º sábado, além de eu ficar o oposto de como estava antes na maior parte do ano, ou seja, realmente animado e bem, eu também dei um "boost" aqui no blog, passando a postar beeeem mais do que postava antes. Acho que foi a overdose de Beatles, hippies, curry tailandês deliciosamente picante e caras vestidos de bananas gigantes. Era o que eu precisava pra superar qualquer coisa! xD




Vale ser lembrado, foi um ótimo evento.

Obrigado pela atenção, deixem a gorjeta com o anão semi-nu, e podem beijar a noiva.
K-2 desligando, dando mortais e piruetas imaginárias sem a PORRA de um motivo! \o/
*WOOSH*

domingo, 28 de novembro de 2010

Pra Ninguém, e Pra Todos

O que acontece
Para que alguém se torne tão falso?
O que é preciso
Para que alguém se torne tão frio?
O que se passa
Para que uma pessoa minta para si mesma?
Como alguém pode preferir
Viver superficialmente, sem se apegar?

Quando uma pessoa escolhe a mentira?
Quando uma pessoa não dá aos sentimentos
Sua verdadeira importância?
Quando uma pessoa passa a preferir o superficial?
Quando uma pessoa prefere usar
E ser usada, sem ter mais nada?

Daonde vêm as mentiras? Para onde vão aquelas boas verdades?
Quando algo começa no topo e só começa a descer
É certeza de que nunca mais vai crescer?
Quem convive com isso sem se odiar? Deve trazer muitas facilidades...

Sempre tive tanto a dizer e a oferecer, mas chegado até aonde chegou
Foi apenas um capricho que você se permitiu, que nem devia ser?
Quando a magia e o querer morrem tão rapidamente, deve-se seguir em frente?

O que eu digo quando não ouço mais nada?
O que eu digo se tudo que eu sinto parece uma piada?

Devo ter uma placa de RETARDADO pendurada no meu pescoço...

Well, fuck it.
Ou não.
Sorry.
Não é tão simples.

"Eu tinha tanto a lhe dizer ,
Pena que você não queira nem saber.
[...] Mas tudo bem não tem nada não!"

Matanza


(nevermind, estava apenas divagando, quem quer sorvete de chiclete?)

sábado, 27 de novembro de 2010

Você Diz Que Quer Uma Revolução?

Queria ter postado esse texto aqui faz tempo, mas quem me conhece bem sabe o quanto eu protelo para fazer as coisas. Foi uma redação sobre o tema "propagandas políticas e nacionalismo" que eu fiz para um simulado do ENEM que teve na minha escola algumas semanas antes do ENEM de verdade, que me rendeu nota máxima na redação, junto com 122 acertos em 180 questões, hehe... Enfim, dane-se a nota do simulado, quero deixar registrada aqui minha redação, espero que gostem! =]

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"Você Diz Que Quer Uma Revolução? Bem, Você Sabe..."


Jovens: O público alvo de qualquer propaganda positiva do governo. Os jovens não se lembram do roubo da poupança nacional, não viveram sob a censura da ditadura, e não conhecem os nomes que erraram no passado. É fácil como agradar a um cego, semelhante a trocar chapéis por ouro com índios: a ingenuidade é simples de se manipular, basta mimá-la.

Nacionalismo pode ser uma boa solução para a unificação e autoestima de um país sem grandes histórias como o nosso Brasil, mas como tudo em excesso, isso se torna negativo. O uso de imagens populares e atuais como meio de promoção governamental até é uma estratégia natural que ajuda na manutenção da aparência nacional, mas exageradamente, e junto com o desincentivo a um ensino sobre o passado - digamos, defeituoso - da nossa história política e constitucional, como é feito, serve como meio de alienação às novas gerações, assim enterrando seus podres com o passar dos anos, esquecidos nas gerações anteriores.

É preciso, para todos nós, enxergar além das cores e sorrisos das propagandas. Para não nos tornarmos mera massa de manobra de votos, é necessário o conhecimento histórico do país e um estudo da constituição democrática da nação, o que já nos é oculto de nossa educação pelo governo. Ou sua escola ensinou sobre todos os direitos que nos são teoricamente garantidos como cidadãos e humanos livres através dela? É, acho que não.

É tempo de uma revolução intelectual para abrir os olhos da população, quantos jovens entenderam a mensagem passado pela recente produção nacional Tropa de Elite 2? Saindo nas telonas em plena época de eleições, algo que seria definitivamente censurado algumas poucas décadas atrás... Ou será que só viram o entretenimento dos tiros e a violência? Pelo nível de cultura que vejo por aí, fico com esta última: as pessoas já estão acostumadas com a idéia de termos um congresso cheio de ignorantes e porcos, enquanto boa parte do país está, quase que literalmente, na merda. Abrir os olhos e ler as entrelinhas é necessário, antes que todos caiam na conformação e no desinteresse, aceitando este chiqueiro.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

The Experience of a Lifetime

Acordando 7 e meia da manhã, saindo 8 e meia;

1 hora e meia de ônibus;

Primeira vitória: cheguei facilmente ao estádio, e encontrei a quem queria;

Objetivo: ficar na fila, a menos de 30 pessoas do portão, até as 5 e meia;

Roda de desconhecidos, pessoas incríveis e divertidas, violão e rock'n'roll, uma experiência compartilhada com pessoas que conheci no momento, mas que já faziam parte de tudo aquilo (gente de São Roque, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santo André também, ou dali do lado mesmo);

Confusões e falta de organização: trocaram as filas 2 vezes, perdemos cada vez mais nosso lugar, cada vez mais para trás, acabando com mais de 100 pessoas na nossa frente;

Recuperação: ilicita e discretamente conseguindo se infiltrar mais à frente, menos de 50 pessoas ao portão;

Chuva, capas de chuva, coturno quase impermeável sucumbe em pouco menos de uma hora, sola encharcada, shplaf shpof;

Nossa roda puxando canções para toda a fila, nem sei dizer qual música NÃO foi cantada;

6 horas da tarde: sob a chuva, finalmente abrem-se os portões, run run run!;

Segunda e mais importante vitória: um lugar na grade da pista, de frente para o palco, simplesmente incrível;



Objetivo: ficar até as 9 e meia da noite ali, de pé, imóveis;

Duas idas ao banheiro, quem ficava segurava o lugar de quem ia, foi difícil;

Tempo passando, chuva indo e voltando, estádio lotando... Have You Ever Seen the Rain?;


Compartilhando alimentos, cada vez mais perto, cada vez mais todo o sufoco de antes parecia mais distante, pois o que importava estava por vir!;

9 e meia, fotos passando nos telões, enrolação... O público pede: Paul! Paul! Paul! Paul! Paul... E o palco se acende, e Sir Paul McCartney corre para o centro.
Magical Mystery Tour
Jet
All My Loving
Letting Go
Got to Get You Into My Life
Highway
Let Me Roll It/Foxy Lady (Jimi Hendrix)
The Long and Winding Road
Nineteen Hundred and Eighty-Five
Let 'Em In
My Love
I'm Looking Through You
Two of Us
Blackbird
Here Today (for John Lennon)
Bluebird
Dance Tonight
Mrs. Vandebilt
Eleanor Rigby
Something (for George Harrison)
Sing the Changes
Band On the Run
Ob-La-Di, Ob-La-Da
Back in the U.S.S.R.
I've Got a Feeling
Paperback Writer
A Day in the Life/Give Peace a Chance
Let It Be
Live and Let Die
Hey Jude

1ºbis:
Day Tripper
Lady Madonna
Get Back

2ºbis:
Yesterday
Helter Skelter
Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (reprise)/The End

Indescritível o que se passou nesse meio tempo, era um outro mundo, e então, dessa vez pra valer, por volta da meia noite e meia, acabou, assim como qualquer resquício da minha voz;

Guarda passando na grade: "Tomem essas águas, não vi vocês pararem de gritar por um segundo o show inteiro!"
É, ganhamos água de graça! Uhul! xD

E quase, quase não voltei pra casa. Mas isso nem importa, 2 e meia da manhã, estava a salvo. Claro, gastei 1 ano de vida em 1 noite do caralho, mas não teria algo que valesse mais a pena.


PMc: "If politicians don't listen to the people, people will not listen to them."


Não podia ter sido um show com um artista melhor, uma personalidade como Paul McCartney.
Não podíamos ter pego um lugar melhor, nem gritado ou pulado mais alto.
Não poderia ter sido tocada uma set list melhor.
E não podia estar em melhor companhia.
A experiência de gerações!
O show de nossas vidas!

I N E S Q U E C Í V E L

E para terminar este registro:


Gravação ruim e cortada pela falta de memória do meu cel, mas sem reclamações! Toda vez que ver isso, vou relembrar todo esse dia TÃO surreal, não importa quanto tempo passe.


Não vou mais ouvir tais músicas da mesma maneira...
Foi uma experiência de outro planeta, o que mais dizer?
Nah, direi mais nada mesmo, tudo parece tão supérfluo.
K-2 desligando, completamente detonado e sem voz!
Mas, antes: P*TAQUEOPARIIIIIIIIIIIIIIIU!!!!!! F*DA PRA C*ARALHO!!!!

(e caraca, alguma garota lá da frente da pista premium gritava tão alto que até a gente ouvia, e assustou até o próprio McCartney, até que na 3º vez ele gritou comicamente pra ela de volta~ XD)

Outro relato: http://mah206.wordpress.com/2010/11/26/tudo-bein-in-the-rain/

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Moments: Últimos Dias de Aula!

Faz algum tempo que não posto Moments!
Juntou bastante, aqui coloco algumas bobagens que registrei no desenrolar desses últimos dias de aula e outras de tempos atrás que nunca havia postado... As frases ditas por outras pessoas levam o nome de seu respectivo dono no final, o resto são minhas mesmo. Enjoy!

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"Professora, se acreditarmos muito, mas muito mesmo, do fuuundo do nosso intestino grosso, os gases da esperança empestiarão a sala da justiça com o cheiro da vitória!" (sobre acreditar em passar de ano sem recuperação)

"Peraí. As duas dão aulas com números, não é? Uma usa camiseta listrada preta e branca e a outra tem uma cauda saindo da calça dela... Elas vieram da mesma zebra!" (sobre professoras de geometria e matemática)

"Não passamos de mero tempero na grande almôndega da vida."

"Partido da Ignorância Dos Ignorantes: P.I.D.I."

"Eu não sou boa em improvisar..."
(elise)

"Eu sou! Pô, minha vida é um improviso! Não estudo, venho pra escola e na hora da prova sempre improviso..." (sobre a frase acima)

"Quando eu era pequeno, não sabia diferenciar 'manteiga' de 'maionese'... Pra mim era tudo algo vindo do leite e que começa com 'ma'. Que nem 'Marcelo'."

"E se cada grão de milho, cada milho de pipoca, for um planeta? Cada um com todo um mundo que a gente não vê dentro dele? E quando a gente faz pipoca, todos eles são destruídos, todos eles explodem? ... E SE O NOSSO MUNDO FOR UM MILHO PRESTES A PIPOCAR NO MICROONDAS DO UNIVERSO???"

"Vamos virar pi~po~caa~! *dança* ~o~"
(elise, sobre a frase acima)

"Estou aliviado. Agora sei por que estamos aqui." (sobre a frase acima)

"Seria legal ter um amigo árvore. Ele sempre te faria sombra na rua... E estaria sempre pronto pra quebrar um galho por você... Mas só se você desse o braço a torcer por ele também."

"Vou fazer curso de fotografia porque quero ser que nem o Homem-Aranha!" (elise sobre o futuro dela)

"Pra isso eu teria que prestar atenção no mundo... E eu faço parte de um mundo à parte." (elise sobre fazer moda)

"Pra resolver essas bases, só na base do baseado." (sobre troca de bases de logaritmos)

"Bruno e Elise! Se eu pegar a nota da prova dele, e dividir pela nota da prova dela, o quociente desta equação é "indeterminado". Sabem em que situação matemática isso acontece??" (professora, sobre o número zero)

"Ah, nem vem com matemática, professora! Sua prova era de química!" (elise, sobre a frase acima)

"Matemática é a maior vadia da escola... Fudeu com todo mundo o ano todo."

"A barba indica amadurecimento, Elise... E você nunca vai ter uma."
(sobre eu ser mais velho)

"Aé? Pois então... Pois então... CHEIRE MINHA BUNDA!"

"Tem cheiro de tomate sexo."
(biancardine, sobre a frase acima)

"*seco, quis dizer." (biancardine, sobre o erro acima)

"E vocês sabem o quê acontece no primeiro ano de faculdade?" (professora)

"SEXO! =D" (responde em voz alta, sobre a frase acima)

"Uma coisa que você não pode contar que tudo que saia dela faça algum sentido lógico, é a minha mente. Eu posso muito bem achar que algo em como um lápis caiu no chão se assemelha a um razante de um pterodáctilo, achar mesmo, mas isso não pode ser aceito como algo que tenha algum fundamento, por exemplo. Assim como esse exemplo também não. Sério, é um caos aqui dentro. Eu penso demais sobre tudo. Não por querer, mas por não conseguir deixar que uma inundação de justificativas me venham a cabeça à partir da menor atitude de alguém, mesmo que de fato eu não me interessa por essa atitude. Eu vejo uma atitude ou reação e minha mente traça varios "por quês" de tal ação ter sido feita desse jeito por tal pessoa em tal momento... Como disse, é um caos aqui dentro. Mas se eu falar demais de mim:
a) Você vai se assustar.
b) Vai esquecer o que disse que iria escrever.
E eu bolaria um C e um D, mas tô com sono."


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Espero que tenham gostado, e não tenham tentado entender~ xD
E realmente tô com sono.

♪♫♪♫ Oh Honey Pie, my position is tragic!
Come and show me the magic~! ♪♫♪♫
*sai cantando Honey Pie*

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Let the Sunshine In!

♪♫♪♫
Let the sunshine...
let the sunshine in...
The sunshine in!!
♪♫♪♫

(este post trata apenas sobre a minha pessoa e é patrocinado pelo clima)

Curioso, no início do ano eu havia me tornado um cara completamente deprimido e de saco cheio com o mundo. Mas de uns meses para cá, me mantive numa crescente de bom-humor, vendo o lado bom de todas as coisas e sem me importar com quaisquer desilusões ou problemas, sabendo que iam passar e serem superados... Que a vida é isso! E que isso é ótimo! E tudo isso começou com um estranho esbarrão curto e aleatório, ou talvez tenha sido não só isso, mas todo a semana que aproveitei com meus amigos, me diverti, comi curry tailandês... Mas esse esbarrão repentino me maravilhou de um jeito muito animador~

Mas bem mais recentemente, vinha me deixando preocupar novamente por diversos fatores, e como disse que evitaria até ter algumas certezas, me deixando apegar de um jeito que eu pensei que não me apegaria denovo. Bem, com isso aprendi algo que uma importante e sábia amiga (oi Lyu! 8D) já havia me dito:
"Podemos até viver deixando as coisas acontecerem e sabendo que é inútil pensar como as coisas poderiam ser se fossem de outra forma... Mas nesses momentos em que você encontra algo que tanto te agrada, é inevitável deixar de se apegar, de acabar pensando "e se?". É natural. Mas por mais que saibamos que podemos ficar tristes, também sabemos que vamos superar!"

É uma boa lição, mas não mudava as preocupações do momento, apenas as tornava mais claras... Bem, pelo menos até a tarde de ontem.

Ontem, indo encontrar alguém, estava num ônibus infernalmente quente enquanto pensava em algumas dessas preocupações. E quando sai do ônibus num pulo, tudo pareceu... Aceitável denovo. Não existiam mais problemas.

O dia estava insuportavelmente quente e parado, sem ventos... Mas chovia de um jeito leve e gratificante, nem quis abrir meu guarda-chuva, só me sentei, olhei para cima e...


Sol e chuva, fogo e água, quente e frio, nesse caso, se combinam perfeitamente.

Isso me abriu a mente e levou tudo que me desanimava, apenas fiquei ali, provavelmente com cara de tonto, sentado numa escadaria na calçada, olhando pra cima, satisfeito com... Tudo, no geral. As coisas poderiam dar muito certo ou muito errado, que eu estava bem. E no segundo caso, soube que o sol me guiaria até aonde ele brilha. E eu o seguiria. E que poderia ter alguém esperando para me conhecer em cada esquina de cada caminho, ou não, o caminho em si já era satisfatório! =]

Eu sempre fui um cara preocupado,
Principalmente com as pessoas ao meu lado...
Me preocupo até com a preocupação alheia
sobre a preocupação alheia!
É, acho que isso faz parte de mim, por enquanto.
De um ano pra cá, muita coisa vem mudando, no entanto!
Saber o que é amar, saber o que é sofrer...
Saber o que é tudo repentinamente mudar,
e pensar que preferiria morrer!
Também aprendi que devo viver, e a contar com meus amigos
Acima de tudo, eles te fazem desafiar quaisquer perigos!
Aprendi a ser eu mesmo, e aceitar as coisas como elas são
E a ver a felicidade em cada gota de chuva,
Deixando elas entrarem e regarem meu coração.
Posso ver o mundo como uma fonte de eterna possibilidade,
Sempre terá um lugar para se conhecer e pessoas para encontrar!
É como se qualquer caminho que vejo levasse à felicidade...
Mas logo digo que nem todos são bem assim,
Afinal, só sigo pelos que parecem melhores para mim!


Posso aceitar as coisas como elas são, e aproveitar tudo, sabendo que essa é a minha vida!

(ainda assim, preferiria que...)
K-2 desligando, tenham um ótimo dia! \o/

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Par

(apenas uma crônica, contada por um eu-lírico barbudão em algo como um acampamento hippie)

Várias estórias sobre como começou nosso universo costumam ser contadas de formas belas e fantásticas, de pais para filhos, por gerações, inspiradas pelas estrelas e constelações que avistamos aqui de baixo.

Mas uma delas se difere das outras, pois esta não é contada às crianças em volta de um acampamento ao som de acordes inocentes. Não é uma estória sobre seres mágicos ou onipotentes, e nem sobre grandes fenômenos inimagináveis para nós. Na verdade, é sobre algo que podemos facilmente compreender. É uma estória de paixão.

Talvez “compreender” não seja a palavra certa, mas sim, “reconhecer”. Podemos imaginar, ou chegar bem perto de visualizar, tal sentimento. E talvez, justamente por isso, é a estória que mais me convenceu até agora.

Diferente das estórias que meus pais e avós me contavam apontando para as estrelas, esta nunca me foi apresentada, e não aponta para nenhuma imensidão espacial, aponta simplesmente para dentro de nós. Caso se interessem, contá-la-ei para vocês agora.

Fala sobre duas entidades, que existiram antes da idéia de “existência” ser concebida. Elas não possuíam nome, pois tal conceito também não havia sido formado. Também não detinham forma, aparência ou personalidade, pois nada de fato existia. É difícil para nós abandonarmos tais conceitos, uma vez que sempre tenham existido neste universo, mas tente usar sua imaginação.

Nada de fato existia, e tudo se resumia nessas duas entidades, que também não possuíam nada. Ou, talvez, um conceito do que elas eram não exista para nós agora, em troca das idéias de forma, aparência e nome. Mas elas estavam lá, antes de tudo existir.

Essas existências amórficas ocupavam uma à outra, de forma cujas fronteiras não possuíam limites discerníveis, uma vez que o espaço em si estava esperando para ser concebido.

Elas apenas existiam, de uma forma a desafiar este próprio conceito, sem nada à sua volta e sem nada para considerar como si mesmas, além de uma à outra. A única coisa que tinham conhecimento como real, a única coisa que possuíam, era essa união.

E essa harmonia bastava. Sem desejos, sem a falta de nada, e sem ter nada. Estavam lá, e isso era tudo que formava o universo delas. Até que algo começou a mudar.

Nosso universo começou a se precipitar, e algumas idéias que serviriam de base para as outras que estariam por vir começaram a se formar: a primeira delas foi o Espaço.

Quando o Espaço começou a se fixar à volta dessas entidades, elas começaram a perceber gradualmente que estavam se separando, bem devagar. Talvez de fato nunca tivessem estado juntas, mas não existiam coisas como “distância” para perceberem isso.

Então, com o Espaço, viram que existia algo que as separava. E logo em seguida veio a Forma, dando contorno à suas existências. De repente, se tornaram seres individuais.

Muitas coisas ainda não existiam, e outras estavam começando a dar seus primeiros passos: em um certo momento, começaram a conhecer o conceito de Personalidade. Antes existiam com um único sentimento, agora passavam a pensar de formas diferentes.

Uma delas não gostava da idéia de Espaço e Forma, e queria voltar as coisas como eram antes. A outra estava atenta às mudanças, tentando entender o que estaria por vir.

Em algum momento, esta segunda percebeu: a única idéia que conheciam estava sumindo. Aquela idéia que bastou para elas por uma infinidade que o tempo nunca aprenderia a contar: o conceito de União.

Imediatamente, ficou aterrorizada. Não podia imaginar um universo sem a única coisa que fez parte dela, e ficou com medo do desconhecido. “Sem união, o quê existiria? Como seria?” De fato, a idéia de União estava se desfazendo para dar lugar a muitas outras novas que conhecemos atualmente. Não teríamos tal coisa neste universo.

Então, cruzou a distância até sua existência-irmã, o que pode ter levado inúmeras infinidades, mas por sorte o Tempo ainda não havia dado seus primeiros passos. Disse que temia nunca mais sentir aquela proximidade, mas a outra apenas chorava pelas mudanças, não conseguia ouvir o que lhe era dito. Então que, desesperada para confortá-la, e para se fazer ouvir, aquela entidade criou algo completamente novo, que permitiria que, mesmo existindo conceitos como Forma e Espaço entre elas, pudesse fazê-las sentirem-se próximas: o Abraço.

Aquilo confortou a outra entidade, e ela gostou da nova idéia. E então pode ouvir o que a existência que lhe abraçava tinha a dizer, e temeu que sem a União, aquele abraço não fosse trazer mais nada. Seu medo foi imensurável, e fez de tudo para trazer a outra existência mais para perto.

E foram se abraçaram cada vez mais forte, tentando sentirem-se mais perto do que o possível, apertando suas formas uma contra a outra cada vez mais intensamente. Queriam aquele sentimento de quando uma definia a existência da outra de volta. Queriam ser apenas um ser. Queriam vencer qualquer Espaço entre elas, ignorando qualquer Forma.

E cada vez mais se aproximaram, e se abraçaram tão intensamente que, de certa forma, tornaram-se apenas uma. Aquilo era maravilhoso, e elas não queriam que acabasse. Mas a idéia de União estava em seus últimos suspiros, e logo aquilo não seria mais nada.

Foi então que perceberam em si mesmas que não queriam existir num universo sem esse sentimento, sem estarem unidas. Num esforço inigualável, concluíram que poderiam continuar a existir sem precisarem uma da outra, ou poderiam acabar com sua existência enquanto ainda se completavam.

Entre lágrimas e abraços, escolheram a segunda opção. Iam deixar de existir, permitindo que suas Formas desfizessem-se no Espaço, enquanto ainda juntas, enquanto completas. E assim, foram morrendo.

Em seus momentos finais, uma idéia nova, que acabara de nascer, atingiu-as: o Nome. Para elas, que logo deixariam de ser, esse conceito era inútil. Não precisavam dele. Mas acharam que o que tinham merecia ser chamado de algo, e pensaram em um nome para todo aquele anseio por União, para o desejo de estarem juntas, para o êxtase de serem um só ser.

Pouco depois disso, suas existências acabaram. E o novo universo então se desequilibrou. Ele ainda não era autônomo o suficiente para perder tudo que definia ele antigamente, que eram aquelas duas entidades, e teve de lutar para se manter. Por fim, curiosamente, o universo achou uma solução: completou o vazio deixado pelos dois seres com a idéia de União.

Logo, o sacrifício dessas duas existências deu a oportunidade para esse conceito continuar existindo, e só assim, o universo continuou evoluindo, e se formando. Com o Tempo, novos seres com consciência para desfrutar da União deixada graças a esse sacrifício primordial foram tomando Forma.

Eu e você somos um desses novos seres, e podemos aproveitar dessa valiosa União que nos fora deixada tão dolorosa e valorosamente. Não a desperdicemos. Não a joguemos fora. Temos o Abraço para nos unir e saciar nossos desejos. Ó, que grande invenção esta que nos fora deixada!

Mas maior ainda é esse sentimento que temos, que nos faz desejar tanto estarmos juntos, cujo nome também nos fora deixado por esses dois seres que sabiam o que importava de verdade, acima de qualquer conceito.

Eu menti. Esta não é mais uma estória que explica as origens do universo. É uma estória sobre a origem dessa palavra que nos cerca nesse belo momento de união.

As duas entidades chamaram isso de Amor.