Digo isso com aquela cara de pessoa que parou de postar no blog em 2016 e tem toneladas de material acumulado que à esta altura nem faria mais sentido publicar. Mas ignorando tudo isso e todo esse "material na fila", tem um texto de agora que eu senti vontade de fazer, e eu acho que deveria escrever mais, então vamos lá!
Aviso: Não é um texto engraçadinho, é um texto de Dia dos Namorados atrasado (eu estava trabalhando e dormindo ontem, tanto que o Cartão de Dia dos Namorados super foda que eu fiz foi DURANTE o trabalho), então se você não quer ler algo meloso sobre minha vida pessoal, essa é sua deixa para sair e fazer algo mais produtivo com o seu tempo, tipo... Não ler esse texto. -q
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Tem este momento na minha cabeça que eu acho especial sobre a minha namorada, mas sempre achei estranho falar dele pois, como posso dizer, não é com ela. É com a minha ex.
Pera, eu juro que vai fazer sentido! Eu sempre achei estranho falar sobre ex com a pessoa com quem estou, mas sei lá, hoje não estou achando. ?
Era 2016, eu acho, e eu estava num evento de Swordplay. Swordplay, sabe? Batalha campal, espadinha, pew pew (barulhos de laser?). Minha ex estava junto para acompanhar. Eu estava saindo do campo de batalha em direção ao acampamento, e ao mesmo tempo, a Marina vinha caminhando na direção oposta.
Aqui preciso interromper para adicionar a magia do CONTEXTO, o qual eu não tinha na época. Eu conheci a Marina ainda em 2015, quando o clã dela veio visitar o meu para um treino conjunto. Nessa época cheguei a adicioná-la no Caralivro logo após o treino, mas trocamos apenas cumprimentos iniciais e votos de "vamos treinar juntos mais vezes", sem jamais conversarmos novamente. Eu até havia notado ela e achado bonita, uma princesinha, mas apesar dela estar fazendo dezoito anos naquele ano, ela parecia muuuito mais nova. Então apenas achei ela princesinha mesmo e não quis olhar ela de outra forma. E também acho que eu já havia começado a sair com essa ex em questão.
Desde então, de acordo com a Marina - me contando isso depois que começamos a namorar - ela vinha se incomodando que eu não só nunca mais havia falado com ela no Caralivro, como também não cumprimentava ela nos eventos. Vejam bem, este sou eu em minha essência, completamente alheio à relações humanas e sociais. Eu não consigo manter contato com as pessoas, ou lembrar de coisas como nomes e datas de aniversário. Mas não necessariamente ela queria que eu a cumprimentasse por gostar de mim nem nada, mas sim porque ela é uma pessoinha amável porém muito rancorosa hehehe. Então ela foi guardando.
Voltando à história, esse evento havia começado umas 10 da manhã e já deviam ser umas 17 horas, e obviamente, eu não a havia cumprimentado o dia inteiro. E agora estávamos em rota de colisão, vindo de direções opostas, sem mais ninguém em vista. Ela deve ter pensado "Agora esse vacilão vai TER QUE me cumprimentar, não tem como", mas tinha sim, eu olhei na direção de onde ela vinha, e totalmente abstraído, virei a cara novamente para continuar falando com a minha ex enquanto caminhávamos.
Mas isso não ficaria barato, não senhor. Quando os caminhos se cruzaram, apesar de eu nem estar olhando na direção dela, a Marina simplesmente chegou e me cumprimentou À FORÇA. Mandou aquele "Oi, tudo bem?" seco, encostou a bochecha na minha sem expressão, e foi embora enquanto eu, confuso, respondia "Ah? Oi? Sim."
De acordo com ela, me contando anos depois, foi algo tipo "O sr. vai me cumprimentar SIM."
Bem, nesse momento eu fiquei meio perdido, tipo "O quê foi isso?", e minha ex me perguntou "Você conhece ela?". Eu respondi que sim, e em seguida ela "Mas... Tem alguma história?" e eu respondi que não. Como eu estava legitimamente atordoado pelo ocorrido, ela deve ter acreditado na minha expressão confusa e vida seguiu.
Realmente, não havia história alguma. Mas haveria, e bastante. E eu gosto dessa lembrança pois acho que significa que dava pra notar uma ligação aí. Algo tipo Akai Ito, ou fio vermelho, sabe? Eu estava com a pessoa errada, mas já havia uma conexão com a Marina logo ali, nos puxando em direção ao outro, mesmo que eu nem imaginasse. E minha ex percebeu isso também, pois acho que foi algo que, mesmo minimamente, incomodou ela.
Pensando bem, talvez tenha ficado na cabeça dela até o momento em que terminamos, pois um dos argumentos que ela mandou quando estávamos nos separando foi "Tenho certeza que você vai ficar bem e encontrar uma nerdinha ruiva que combine com você". Eu lembro dessa frase pois foi a segunda vez que alguém me falou isso. A primeira vez foi com outra ex, dessa vez da faculdade, lá em 2013. Por algum motivo ela disse a mesma coisa, apesar de eu nunca ter demonstrado nenhum interesse em especial por ruivinhas e eu não entender até hoje essa escolha específica na frase.
E esse fio vermelho puxou e puxou até que eu finalmente encontrei a nerdinha ruiva que combina comigo. Que me obrigou a dizer oi pra ela quando eu me recusava à notá-la. E no ano seguinte eu estava chamando ela para sair da maneira mais descarada possível.
É isso. Hoje é aniversário dela (sim, a Marina faz niver no dia seguinte ao Dia dos Namorados). Como eu sei que ela vai ler esse texto em algum momento eu quero dizer de novo: Feliz aniversário, meu amorzinho! Que possamos comemorar seu aniversário, e o Dia dos Namorados, e nossos aniversários de namoro, bem juntinhos quando essa quarentena acabar. :3
É isso. Hoje é aniversário dela (sim, a Marina faz niver no dia seguinte ao Dia dos Namorados). Como eu sei que ela vai ler esse texto em algum momento eu quero dizer de novo: Feliz aniversário, meu amorzinho! Que possamos comemorar seu aniversário, e o Dia dos Namorados, e nossos aniversários de namoro, bem juntinhos quando essa quarentena acabar. :3
Eu te amo! ♥