"And now for something completely different..."

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

"Morando Aqui Nessa Cidade..."

Segunda passada eu tive uma sensação estranha...

*espera uma resposta de incentivo*

E eu quero compartilhá-la, então se você não dá a mínima para o quê eu penso você pode sair por aquela porta ali. Mas sua virgindade fica.

Enfim, segunda-feira eu faltei na escola para ir ao TG pegar minha dispensa definitiva do serviço militar. Ou pelo menos pensei eu, vou ter que voltar em 15 dias denovo pra acabar de vez com essa merda.

Então lá fui eu, com meu cabelo chapado (não que eu tenha chapado o cabelo, ele só tava de bom humor por eu ter trocado de shampoo, assim que eu usar o shampoo novo pela segunda vez ele volta ao normal), meus óculos redondos e minha jaqueta de couro batida que era do Alan...

Saí de casa em jejum, primeiro porque eu me atrasei enrolando pra levantar já que eu "tinha até o meio dia praquilo fechar", e segundo porque pensei que não me tomaria mais do quê meia hora e logo estaria de volta para me alimentar.

Fui até a casa transformada num escritório do TG num cantinho feliz de Santo André perto do Calçadão, com comércios pequenos e casas de muro baixo. Fiquei lá por uma hora e meia pra saber que teria que voltar em 15 dias.

Ok, saí e estava com fome, então decidi tomar o café da manhã na rua. Entrei num barzinho qualquer com preços amigáveis, já que eu tinha só R$4.35 (eu devia ter 7, mas o passe de trólebus que eu levei acabou na ida, então tive que comprar um pra volta).

Pedi uma vitamina de banana e uma esfiha fechada de frango, dando exatamente R$4.30, e sentei numa cadeira alta de frente para a rua, e comi ali mesmo.

Daí mó páaaa... Fiquei com bigode de vitamina e talz, e um tiozinho aleatório que notou minha camiseta do ACDC conversou comigo sobre o show da banda homônima que teve aqui ano passado que ele pode ir, e a moça do bar ainda me deu o resto de outra vitamina que ela tinha preparado no liquidificador~

Quando saí do estabelecimento, ao atravessar a rua na esquina, um headbanger aleatório passou com sua moto quase sem ter me visto, e após eu recuar um passo para deixá-lo passar, ele deu uma paradinha, me cumprimentou com a cabeça. Eu respondi igualmente, e ele seguiu seu rumo.

Com tudo isso, eu fiquei com uma sensação curiosa, do tipo "eu vivo nessa cidade", um feeling de "part of the city", um tanto quanto incomum, mas ainda assim, boa. Divertida. Sem nem mesmo encontrar ninguém que eu conheça.

Eu me senti mais ou menos assim. Só que sem o cigarro.


Eu não quero me comparar a ele, até porque se o fizesse, eu não chegaria nem aos pés, ou aonde os pés dele pisaram, a intenção daqui não foi essa.

Quero dizer, ele viveu o final de sua vida em Nova Iorque porque dizia que adorava aquela cidade, que fazia parte dela. Eu não entendia como uma pessoa podia gostar de viver numa cidade-grande, não me fazia sentido.

Mas, quando se vive na cidade, longe de um computador, encontrando pessoas de verdade, você pode se sentir mesmo parte dela, e achar isso bom.

Que todos são parte de um conjunto maior. Até um lunático te meter 5 balas.

Enfim: isso foi o quê eu experienciei na minha segunda-feira, até voltar pra casa, ligar o computador e esquecer parte desse feeling todo.

K-2 desligando~

2 comentários:

Anônimo disse...

Até um lunático te meter 5 balas pelas costas...
Indeed.

Marcelo »Queijo disse...

foda né, tb pensei q ia ser rapidao.

Mas de resto, legal. desligue seu pc e vá dar um rolê

-qs

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