"And now for something completely different..."

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

"I'd like to say thank you on behalf of the group and ourselves, and I hope we passed the audition!"

Título mais longo pra um post até agora~ .3.

Anyway, cá estava eu, entediado, reflexivo, pensando globalmente e ouvindo o inigualável The Who, quando tive um pensamento.

Não gosto de imaginar o mundo daqui há, digamos, 50 anos.
Um período de tempo muito curto, geograficamente falando, mas já é o suficiente para que todas as grandes bandas ainda vivas deixem de existir.

Daqui cinquenta anos, Nicko McBrain, Steve Harris, Janick Gers, Bruce Dickinson, James Hetfield, Lars Ulrich... Não estarão mais vivos.

Muito menos Jimmy Page, John Paul Jones ou Robert Plant.

Nem Marky Ramone, Steven Tyler, Ian Gillan, Roger Waters, Pete Townshead e Roger Daltrey, e nem Ozzy Osbourne ou Paul McCartney e Ringo Starr!!! Nem Angus Young!!!

Tudo vai estar acabado. Tudo.

Isso não é justo, já não temos tanta gente, são tantos nomes que nem posso nomear aqui.

E não tem ninguém pra substituí-los.
E nem seria possível também!

Estamos vivendo no CODA do rock'n'roll...
Para quem não sabe, é aquele último movimento de uma orquestra, aonde os instrumentos, que vinham abaixando e sumindo, explodem num último grito musical, para de repente cessar, de um segundo para o outro.

Mais ou menos como quando John Lennon decidiu puxar o plug do som em I Want You (She's so Heavy), sabe?

CODA também pode ser conhecido como o último disco lançado pelo Led Zeppelin... Que acabou da mesma forma que I Want You.

E não só a música, daqui cinquenta anos, quem vai se lembrar de Clint Eastwood? E Harrison Ford? E Bruce Lee??
As piadas de onipotência de Chuck Norris serão substituídas por Robert Pattinson??? PRO INFERNO! Tenho amigas que não fazem a menor idéia de quem é CLINT EASTWOOD!!!

Esse cigarro está na lista das armas mais perigosas na face da Terra... Na verdade, qualquer objeto que já foi tocado por Clint Eastwood entra nessa lista.

Será que quero estar vivo daqui à cinquenta anos?
Só se for isolado na minha casa de campo nos fiordes ingleses com um toca-discos, minha coleção de vinis aumentada e um bom chá. Hehe.

Eu me despeço de todos vocês, e deixo-os com nada mais e nada menos que a guitarra acústica alucinada de Townshead seguida pelos vocais assustadoramente penetrantes de Waters:


Afoguem-se e seu próprio orgasmo, beijos e desligo.

2 comentários:

Jeessy ~ disse...

Nunca parei pra pensar sobre como o mundo estará daqui há 50 anos (na verdade já, mas normalmente eu penso em coisas a fauna e a flora, as éspécies em extinção, se elas já estarão extintas e as árvores e etc...ok, me ignore)
Mas no âmbito musical realmente não, mas talvez não dê para formar uma base pelo que já temos, se levar em consideração que há exatamente 50 anos atrás os Beatles estavam sendo formados e a Madonna tinha só 3 aninhos de idade, e as pessoas que estão vivas hoje podem não estar amanhã (jura?) sendo que elas podem ser mais novas do que as que ainda estão vivas, tipo o Michael Jackson...deu pra entender? Acho que nem eu entendi, enfim, mas se você acha que não vai existir mais nada que salve o rock'n'roll você podia ser a "salvação do rock" (?) ok, me ignore...[2]
E eu nem sei porque estou falando tudo isso já que eu acredito que não vou estar viva daqui há 50 anos, é tempo demais...enfim vou parar de escrever porque o meu comentário deve estar maior que seu título, digo digo, seu post.

Anônimo disse...

Holly Shit!
Eu sempre pensei que a merda toda só ia decair...
Mas nunca levei pelo lado de que a música vai REALMENTE morrer por completo. Digo, o rock, porquê pra mim, pouco importam os outros gêneros.
Não! Não deixemos!
Aqueles que vão procriar, ou tem crianças na família, entupam-na de cultura musical enquanto podem!
Não por elas, mas principalmente por nós!
Se bem que, cada dia pesno com mais carinho naquele maravilhoso pensamento...
"Viva bem e morra jovem"
Prefiro isto a meia vida de desilusão.