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Jovens: O público alvo de qualquer propaganda positiva do governo. Os jovens não se lembram do roubo da poupança nacional, não viveram sob a censura da ditadura, e não conhecem os nomes que erraram no passado. É fácil como agradar a um cego, semelhante a trocar chapéis por ouro com índios: a ingenuidade é simples de se manipular, basta mimá-la.
Nacionalismo pode ser uma boa solução para a unificação e autoestima de um país sem grandes histórias como o nosso Brasil, mas como tudo em excesso, isso se torna negativo. O uso de imagens populares e atuais como meio de promoção governamental até é uma estratégia natural que ajuda na manutenção da aparência nacional, mas exageradamente, e junto com o desincentivo a um ensino sobre o passado - digamos, defeituoso - da nossa história política e constitucional, como é feito, serve como meio de alienação às novas gerações, assim enterrando seus podres com o passar dos anos, esquecidos nas gerações anteriores.
É preciso, para todos nós, enxergar além das cores e sorrisos das propagandas. Para não nos tornarmos mera massa de manobra de votos, é necessário o conhecimento histórico do país e um estudo da constituição democrática da nação, o que já nos é oculto de nossa educação pelo governo. Ou sua escola ensinou sobre todos os direitos que nos são teoricamente garantidos como cidadãos e humanos livres através dela? É, acho que não.
É tempo de uma revolução intelectual para abrir os olhos da população, quantos jovens entenderam a mensagem passado pela recente produção nacional Tropa de Elite 2? Saindo nas telonas em plena época de eleições, algo que seria definitivamente censurado algumas poucas décadas atrás... Ou será que só viram o entretenimento dos tiros e a violência? Pelo nível de cultura que vejo por aí, fico com esta última: as pessoas já estão acostumadas com a idéia de termos um congresso cheio de ignorantes e porcos, enquanto boa parte do país está, quase que literalmente, na merda. Abrir os olhos e ler as entrelinhas é necessário, antes que todos caiam na conformação e no desinteresse, aceitando este chiqueiro.
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