"And now for something completely different..."

sábado, 6 de fevereiro de 2021

O Pesadelo dos Espíritos Zumbis

Esse sonho é de Março de 2017.

No sonho, eu estava morando numa casa bem grande com dois andares, tipo o sobrado da minha vó em São Caetano.                        

Estava de noite, e eu estava fugindo de uns zumbis-fantasmas que ficavam perambulando pelo quintal, que era bem grande também. Evitava-os fazendo uns parkours pelo quintal e pelo terreno, tipo subindo por calhas até o terraço no segundo andar, e depois deitando no chão para ficar em stealth, enquanto observava-os de cima.


Um zumbi-fantasma, porquê só um dos dois não era suficiente, aparentemente.

Perto do amanhecer eu encontrei o Quejinho escondido num barril de plástico azul, numa parte coberta do terraço onde tinha uns entulhos e uma churrasqueira abandonada. Perguntei o que ele estava fazendo ali, e ele respondeu que estava seguindo um mapa até um tesouro esquecido.

Curioso, perguntei onde ficava o tesouro, e ele disse que tínhamos que derrubar uma parede logo ali no terraço onde estávamos. Decidimos esperar pelo amanhecer para fazer barulho, pois de dia os zumbis-fantasmas não saíam da casa.                                               

Pegamos umas marretas que estavam ali mesmo no entulho e começamos a bater na parede.

Após algum esforço, mas não muito, a parede caiu numa nuvem de poeira. Ao abaixar, nos deparamos com um quartinho inacabado, cheio de teias de aranha e pó. Dentro do quartinho tinham vários outros barris de plástico azuis, cheios de armas de swordplay que, somente no sonho, me eram familiares, como se fossem armas que a gente não via há muito tempo.

O Quejinho ficou todo tipo "Nooooossa, então foi aqui que eu guardei elas!" .                   

Lembro que tinha várias coisas legais, tipo uma lança com espinhos ao longo do cabo, uma foice com um anel grande no topo, além de várias espadas diferentes e porretes. Porém enquanto andávamos no quartinho olhando para as armas, notei que havia um buraco na parede fechado por tábuas de madeiras, e enquanto o Quejinho mexia nas armas, escutamos um som vindo do outro lado do buraco. 

Parados em tensão e expectativa, encaramos o buraco na parede. Outro barulho, e agora vimos uma sombra passando nas frestas das tábuas. Outro barulho, e uma batida contra as tábuas. Seriam os fantasmas-zumbis?

E então as tábuas caíram, e do outro, estava o nosso amigo Pato.                  

Após algumas explicações, parecia que a parede que a gente derrubou era da casa dele, que ficava ao lado da minha nesse sonho, e a gente não sabia. E aquele quartinho era dele também.              

O Pato ficou tipo "Nossa, o que vocês fizeram? Derrubaram minha parede!" e depois ficou tipo "Caralho, que foda, nem lembrava desse quartinho!".  

A gente ficou tentando lembrar de quando que eram essas armas, ou porquê guardamos elas assim, fechadas num quartinho sem portas e janelas, apenas com um buraco na parede fechado com tábuas.

Então começou à anoitecer novamente, e o Capelo ligou no meu celular e disse que estava correndo pra cá por causa dos espíritos que saíam à noite, e não dava tempo dele chegar na casa dele. Saímos do quartinho para o terraço, e eu joguei uma corda pra rua por onde ele subiu. Ele estava com uma mochila nas costas e um cigarro na boca.

Assim que ele subiu a gente ficou tipo "Nossa, Capelo, você TEM QUE ver isso!" e mostramos o quartinho das armas. E ele: "Noooossa! Não acredito que vocês acharam essas armas!".

...

"Porquê são exatamente o que precisamos para enfrentar os espíritos!"                        

E aí ele contou que essas armas eram abençoadas pelo nosso Espírito de Luta Puro na Infância™, e que foram guardadas pois fora profetizado que seriam de vital importância na chegada dos Espíritos Zumbis™. 

Fazia tanto tempo que foram guardadas que todo mundo tinha esquecido dessa profecia, mas quando o Capelo contou, a gente lembrou de tudo. Mas ficou uma sensação estranha de "Tá, realmente teve esse lance da profecia, eu lembro, mas era só uma brincadeira que inventamos quando éramos crianças. Não era para ser real!".

E acabou aí.

Eu acordei, ou acabou a reserva de drogas no meu cérebro.

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